segunda-feira, 12 de janeiro de 2015

Desastre Aéreo no Mar de Java: instabilidade climática pode ser apontada como principal motivo pela queda da aeronave.


    No dia 28 de dezembro de 2014, o Airbus da AirAsia desapareceu dos radares das torres de comunicação de voo. Dias seguintes após intensas buscas, foram encontrados os primeiros destroços da aeronave no Mar de Java no Estreito de Karimata que separa as Ilhas de Bangka, na grande Ilha de Bornéu.

Fonte:(In:http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/12/mais-vitimas-do-voo-da-airasia-sao-localizadas.html)
 
    Segundo informações de especialistas fornecidas às autoridades indonésias, postadas no site G1 Globo Notícia (04/01/2015), o motivo da queda da aeronave pode estar relacionada ao congelamento dos motores por conta de uma forte tempestade na região. Outra informação, fornecida pela torre de comunicação do aeroporto de onde partiu a aeronave na Indonésia, indica que o piloto pediu - momentos antes do desaparecimento da mesma - permissão para subir de 32.000 pés (equivalente à 9.000 metros de altitude) para 38.000 pés (equivalente à 11.000 metros de altitude) ; para passar por cima de uma tempestade detectada pelo radar. No entanto, tal permissão foi prontamente negada; o motivo, segundo a torre de controle aéreo, estaria na circulação de outra aeronave nos arredores. Com isso, os controladores de voo tinham por objetivo evitar uma possível colisão entre ambas.
     
TURBULÊNCIA

Definição: Trata-se de uma determinada área da atmosfera em que há inúmeras parcelas de ar. Cada uma possui direção, pressão e velocidade específica cuja trajetória ocorre em forma de redemoinhos, ou seja, em círculos por causa do Movimento de Rotação da Terra associado à diferença de temperatura e pressão entre a baixa e alta Troposfera, conhecido como Gradientes de Pressão Atmosférica.
 
COMO UMA TURBULÊNCIA PODE PREJUDICAR O DESEMPENHO DE UMA AERONAVE?

    Um dos principais fatores responsáveis por manter uma aeronave no ar pode ser definido como Força de Sustentação, proporcionada pelo design das asas do avião: a parte superior da asa possui uma forma curvada, o que implica numa circulação lenta do ar com relação à parte inferior da mesma. Tal projeção faz com que o ar que atravessa a parte inferior da asa ofereça maior resistência que a parte superior, impedindo que a aeronave perca altitude; entretanto, na medida que a circulação dos ventos muda de trajetória, velocidade e pressão, há de imediato uma forte e constante alteração da corrente de ar que passa entre os dois lados da asa, gerando falha de sustentação da aeronave.

    No momento que uma aeronave entra em uma tempestade ou Super Célula, além das rajadas de vento que se propagam em todas as direções, a aeronave pode ser alvo de um bombardeio intenso de granizo e raios; no entanto, a precipitação em forma de gelo, dependendo do seu volume, pode danificar o funcionamento das turbinas contribuindo para a queda da aeronave.


Fonte:(In:http://pt.dreamstime.com/imagem-de-stock-v-o-do-avi%C3%A3o-na-tempestade-image13199601)

SOBRE A TRAGÉDIA DO AIRBUS AIR ÁSIA
   
     A tragédia do Airbus da AirÁsia, infelizmente, é um exemplo que tem que ser tomado de lição para que não ocorra tais situações novamente. Algumas possíveis causas responsáveis pelo aumento de desastres aéreos atualmente são: os congestionamentos aéreos que inviabilizam mudança de rotas na tentativa de desviar de uma tempestade, o que coloca em risco a vida de passageiros e tripulação; pilotos que são obrigados a passar por meio de ambientes atmosféricos instáveis, por falta de opção e planejamento por parte de autoridades competentes em conjunto com companhias aéreas; há, também, a situação em que o piloto hesita em desviar de tempestades perigosas por ter que se explicar com a companhia em que trabalha pelo prejuízo financeiro causado pelo gasto a mais de combustível durante o trajeto de desvio.

CONCLUSÃO

    Trata-se de uma questão organizacional em que companhias aéreas e autoridades governamentais devem unir forças e elaborar táticas e estratégias mais bem definidas na tentativa de resolver, ou ao menos, diminuir de maneira significativa o aumento de desastres aéreos que presenciamos atualmente; já que, é inegável o aumento na demanda por voos comerciais a cada dia que passa, sendo que, o crescimento desta demanda implica diretamente num congestionamento aéreo sem precedentes, que se torna um risco para tripulantes e passageiros.

   

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